Alan Mabim, da universidade de Witwatersanb, África do Sul, esteve presente às atividades do eixo ” Megaeventos e a Globalização das Cidades”, no terceiro dia do FSU. Ele denunciou abusos contra os trabalhadores nos principais estádios que estão sendo construídos para a Copa do Mundo deste ano.
De acordo com ele, as jornadas de trabalho nestes locais são longas e os salários baixíssimos, não atendendo às necessidades mais básicas. O desemprego no país já alcança 40% da população. Apesar disso, ele conta, as obras deste megaevento excluem a população pobre das melhorias feitas nas cidades.
Como exemplo, citou o caso dos táxis coletivos, que equivalem ao chamado ‘transporte alternativo’ no Brasil. Eles estão sendo substituídos pelo modelo de transporte indicado pelo Banco Mundial. O pesquisador afirma que o novo modelo de transporte não re-insere os trabalhadores dos táxis coletivos. Outro problema é que o transporte proposto pelo Banco não atende a toda a população.Mabim conta que já começaram a existir conflitos urbanos.
Ao mesmo tempo, diz que a populaçao sulafricana começa a se mobilizar para reivindicar seus direitos. Para impedir revoltas populares, o governo do país tem levado como prática a repressão e a criminalização dos manifestantes.
O pesquisador afirma que cidades da África do Sul, com a chegada da Copa, estão passando por processo de militarização semelhante ao que já ocorre nas cidades brasileiras. A militarização é o aumenta do controle via polícia de todas as áreas urbanas. Com isso, em geral, crescem a violência e truculência da polícia contra a população, o que inclui a intimidação com porte e ostentação de armas de fogo.
Fonte: Agência Pulsar Brasil.
quero deixar uma sugestão para voces relatarem… por que não falam sobre a globalização que aconteceu na Africa do Sul para que ocorresse a Copa de 2010? o que mudou por causa da Copa por lá?
eu gostaria de saber dos impactos ambientais que a África do Sul sofrerá com a Copa 2010, agradeço desde já